A minha geração cresceu ouvindo: se é bom para a América é bom para o Brasil. Isto é, tudo que é positivo e faz bem para os Estados Unidos logo também o é para o Brasil. Esta regra, ou melhor, esta cultura foi muito forte. Exemplos não faltam: coca-cola, hot dog, filmes e tantos outros. A origem deste colonialismo é assunto extenso. Hoje, todavia, quero focar apenas parte da influência exercida pelos americanos. O carro foi criado nos Estados Unidos. Porém lá se popularizou e tornou objeto comum e barato. O americano paga barato pelo carro, que é de grande qualidade, e em pouco tempo troca por outro quase sempre zero quilômetro. A indústria automobilística é grande, forte e emprega milhares de pessoas tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Nos últimos anos o setor automobilístico brasileiro vem batendo récordes atrás de récordes; sempre produzindo mais. Exporta muito porém o consumo interno está enorme. Ajudado, é claro, pelo crédito fácil, apesar das mudanças anunciadas nesta semana pelo Governo Federal envolvendo o crédito que ainda é fácil e em muito estimula o consumo de veículos. Mas até aí, tudo bem. Existe o crédito, que incentiva o consumo, que faz girar a indústria que emprega milhares, direta e indiretamente. Isto tanto aqui quanto nos Estados Unidos. Então também é bom para o Brasil? Poderia ser melhor se o Governo Federal do Brasil aplicasse as mesmas taxas e impostos cobrados lá fora. Aí sim seria bom para o Brasil e para os Estados Unidos. Fúlvio Ferreira, presidente da CDL Uberaba, em depoimento ao "Coluna Sete", da Rádio Sete Colinas, AM-1120, de Uberaba-MG
Tributos dos Carros
11/12/2010 18h03