Tempo passa, mas valores têm que ser intactos

Tenho um amigo que afirma que ele deveria ter vivido nos idos de 1870, 1880. Ele diz isto porque não não se conforma com tantas injustiças, com tantas malcriações e erros. Dia destes ele estava dentro de um ônibus de transporte coletivo. E presenciou um espetáculo. Um verdadeiro show de desrespeito. Tudo porque uma passageira se negou a receber o troco em moedas. Ela reclamou, xingou e desacatou o cobrador. Demonstrou intolerância e ignorância. Tanto fez que o motorista parou o veículo e chamou a polícia. Noutra ocasião este meu sexagenário amigo assistiu um desabafo. Um desabafo unilateral de um homem instruído e aparentemente educado. Ele contou que estava no caixa de um determinado supermercado e a funcionária não tinha 2 centavos para lhe voltar de troco. Ele, coberto de razão e sentado sobre o seu direito esperou, juntamente com as demais pessoas que estavam na fila, o gerente autorizar à operadora do caixa a lhe voltar 5 centavos de troco. Este mesmo cidadão afirmou, contando outro caso, que existe ainda no comércio de Uberaba muitas pessoas despreparadas. Ele narrou que foi comprar um certo produto cujo preço era 15 reais e setenta centavos. Se indignou porque a balconista não quis "arredondar" o valor, ou seja, abaixar o preço para 15 reais.  Ora, temos então dois pesos e duas medidas. A balconista apenas cumpria o seu dever. O preço estava marcado, estipulado, etiquetado. E regras existem para serem cumpridas. Valores para serem preservados e respeito para ser praticado! Vale a pena lembrar que o meu direito vai até aonde começa o seu. Será que estamos esquecendo disto? Será que as palavras mágicas estão fora de moda? Relembro que em 1870 estes valores eram rígidos... pai era pai, mãe era mãe; havia quem mandava e quem obedecia. Havia juízo, respeito e educação. Havia por favor, muito obrigado e até logo. É Darcy, você tem razão! Fúlvio Ferreira/Presidente da CDL Uberaba, em depoimento ao "Coluna Sete", da Rádio Sete Colinas, de Uberaba, AM-1120