Tempos difíceis exigem criatividade, inovação e muito trabalho. Conceitos devem ser revistos e preconceitos definitivamente banidos.
A pandemia do coronavírus fechou lojas e fábricas, isolou famílias e trancou a economia de muitos países, inclusive do Brasil. As autoridades, perdidas, se basearam em experiências europeias que foram "induzidas" por autoridades chinesas e por recomendações da OMS - Organização Mundial da Saúde. Via de regra os municípios foram literalmente fechados e a vida da cidade quase que parou totalmente, inclusive e de modo particular a economia, haja vista a grande quantidade de empresas, de vários portes e segmentos, que já sucumbiram, isto é, que já fecharam e demitiram.
Umas empresas porém, estão doentes, outras agonizando. Para amenizar os efeitos danosos da redução e paralisação das atividades por 60, 70 e até 80 dias muitos empresários estão arregaçando as mangas e criando alternativas, buscando saídas que possam manter as suas empresas ativas. Com isso temos visto churrascarias oferecendo marmita, restaurantes fazendo caldo e padarias fazendo feijoada. As antigas bancas de revistas, apoiadas por um grande banco, estão agregando serviços como chaveiro. Lojas se reiventando e oferecendo delivery.
Shoppings estão exibindo shows e filmes no formato drive inn; outras empresas prestam atendimento domiciliar e através do drive thru que também se transformou numa saudável alternativa.
Um caso, porém, merece um destaque maior: o Circo Khronos estava instalado na cidade de Uberaba quando foi deflagrada a pandemia e todos os espetáculos foram suspensos. Apesar de passarem por muitas dificuldades a comunidade uberabense, sempre muito generosa, não deixou faltar nada para os artistas.
Destaque aqui para a atuação da Secretaria de Desenvolvimento Social e para o baluarte da cultura, engenheiro o escritor Dr. João Eurípedes Sabino, Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, que não mediu esforços para levantar o astral de todos os membros da família circense e para apoiar e inventar novas ações.
Os artistas, apoiados pela direção do Circo e por recentes amigos conquistados no solo uberabense criaram o primeiro circo aberto do Brasil e da América Latina. No formato drive inn os carros, em número limitado e em posições marcadas e estratégicas, são estacionados e seus ocupantes assistem ao espetáculo de maneira segura, confortável e com total respeito às normas sanitárias. A alternativa é inovadora no país e trouxe os artistas de volta à ativa, proporcionou arte e diversão para a população e por fim deu uma aula de atitude, criatividade e inovação.
E na sua vida profissional? E na sua empresa?
Como estão as suas ações para se adequar ao novo?
Lembre-se: a inovação é construída a partir de observação, trabalho, atitude e coragem!
Fúlvio Ferreira - presidente do Conselho Superior da CDL Uberaba
Empresário, palestrante e treinador de equipes.
www.fulvioferreira.com.br