Segundo especialistas em gestão do conhecimento a cada ano uma empresa dobra o banco de informações e cria o desafio de armazenar, indexar e tornar acessíveis e úteis todos esses dados. Somente dessa forma as informações armazenadas podem se tornar combustível para o conhecimento.

Mas milhões de informações não têm valor algum se não se tornarem conhecimento e isso somente pode ser feito por pessoas.

Informação e conhecimento são, essencialmente, criações humanas, e nunca seremos capazes de administrá-los se não levarmos em consideração que as pessoas desempenham, nesse cenário, um papel fundamental.

Enfim podemos e devemos aprender com a experiência dos outros mas mesmo assim apesar de todo o avanço cientifico e tecnológico nunca nos sentimos tão sozinhos e perdidos, a competição aumentou a tal ponto que compromete as relações, o conhecimento se recicla a uma velocidade que nos sentimos freqüentemente ultrapassados, com isso vivemos estressados.

Mas não se desespere, na sociedade do conhecimento, os indivíduos são fundamentais, sem eles o conhecimento se dissipa já que ele é dinâmico. Peter Druker alerta que o conhecimento moeda desta nova era não é impessoal como o dinheiro. Conhecimento não reside em um livro, em um banco de dados, em um programa de software: estes contêm informações. O conhecimento está sempre incorporado por uma pessoa, é transportado por uma pessoa, é criado, ampliado ou aperfeiçoado por uma pessoa, é aplicado, ensinado e transmitido por uma pessoa e é usado, bem ou mal, por uma pessoa.

O conhecimento é cumulativo, nenhum homem, por mais genial que seja, desenvolve seu pensamento à margem do saber coletivo. Todo salto criativo e original vem necessariamente alavancado, em alguma medida, pelo legado histórico do conhecimento humano, cumulativo e em contínua expansão.

O filósofo francês Pierre Levy, um dos principais estudiosos sobre a chamada Era da Informação, diz que, hoje, o conhecimento está nas mãos das pessoas que aprendem, transmitem e produzem conhecimentos de maneira cooperativa em sua atividade cotidiana. E constata que quando a informação é transmitida de uma pessoa para outra, esta não a está perdendo; e que quando esta informação é utilizada, ela não é destruída. Enfim nada é definitivo quando se trata de conhecimento e pessoas.

Roberto Recinella é palestrante nas áreas de vendas , gestão de tempo, liderança, qualidade de vida, gestão de conflitos e relacionamento humano.

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