O consumidor brasileiro aumentou seu poder aquisitivo. Uma série de indícios comprovam essa tendência. Os veículos de informação apontam, diariamente, um grande crescimento da oferta de crédito em todas as áreas, e esse volume deve continuar subindo nos próximos anos. De acordo com o Banco Central, a inadimplência do 3º trimestre de 2010 foi de 6,4% - a menor taxa em cinco anos. Ainda, conforme pesquisa da instituição, em 2009 cada pessoa conseguiu poupar em média R$ 633,00.
Além disso o crescimento no uso de cartões de crédito em nosso país está entre 20 e 25% ao ano. Atento a essa nova realidade, o varejo investe cada vez mais em quem quer consumir mesmo sem sair de casa. Estas tendências, aliadas aos avanços da tecnologia, colocam em alta o comércio eletrônico.
O fortalecimento do também chamado comércio virtual deve-se ao fato da comodidade, agilidade e economia representada pelas compras online. Segundo a Web Shoppers, publicação anual da empresa eBit, o consumidor está cada vez mais seguro e confiante em realizar compras via web. Em 2009, esse tipo de transação movimentou R$ 10,6 bilhões no Brasil, 30% a mais do que no ano anterior, de acordo com dados da mesma instituição.
Diante desse cenário, a internet tornou-se uma aliada para as grandes redes, por exemplo. No entanto, há que se ter cuidado com a euforia promovida pelas facilidades em divulgar produtos e inovar nas vendas. O varejo deve ficar atento para não usar o comércio eletrônico como uma forma de substituição de vendas - da física para a virtual. O empresariado precisa criar ferramentas para agregar novos clientes, aumentando com isso o lucro, mas sem substituir sua clientela atual.
Em outro ponto, é essencial estar preparado para atender de forma satisfatória os clientes virtuais. Se a demanda aumenta, é preciso repor estoques com mais freqüência para manter o ritmo dos atendimentos. O controle da operação logística também é muito importante. Um consumidor não comprará novamente de uma empresa que entregou os produtos em condições inadequadas ou em atraso. E ele ainda poderá multiplicar seu descontentamento entre muitas outras pessoas, via web.
Mesmo que a internet possibilite a promoção das vendas sem o contato pessoal com os clientes, o ponto forte é manter a excelência nessa nova relação. Caso contrário, o universo online também pode afastar consumidores.
Por Luciana Botta - artigo editado