Existe um ditado que afirma que para darmos valor em alguma coisa é necessário perdê-la.
Exemplos não faltam: há 40 anos havia geladeira em poucas casas. Todo o conforto e praticidade que este
eletrodoméstico nos oferece era até então quase desconhecido da maioria das famílias.
A carne era conservada na banha, a cerveja, bem a cachaça era mais comum; o refrigerante gelado.... vamos trocá-lo por um suco de frutas? Feito na hora? E na mão?
Hoje, em qualquer lugar, dá para viver sem geladeira?
No campo, nas fábricas, nas construções, no comércio, nos hospitais, em todo lugar a energia é de vital importância!
Tamanho é o nosso envolvimento em tudo que fazemos que dependa da energia que pouco dela nos lembramos; só quando falta!
No último dia 10, terça-feira, ficamos, parte da cidade, sem energia. Raras atividades aconteceram. Isto nos leva a pensar sobre quão alto é o nível de dependência da energia, que no Brasil é quase toda hidrelétrica.
Será que sabemos fazer conta na "ponta do lápis" ? Sabemos ficar uma tarde sem computador? E as crianças, sabem brincadeiras que não dependam dos vídeos-games?
Talvez seja a hora de refletir sobre isto e, de quebra, reaprender a respeitar, a pensar e a conversar!
Fúlvio Ferreira, presidente da CDL Uberaba, em depoimento ao "Coluna Sete", da Rádio Sete Colinas, AM-1120, de Uberaba-MG