DoAção
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> Naquele dia José havia saído mais cedo do trabalho. Nada de errado havia, muito ao
contrário, estava tudo bem e o dia tinha sido bem produtivo inobstante não ter
tido correria. Uma raridade, em verdade.
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> E já no carro ele ouviu uma chamada que pedia doadores de sangue para uma Maria.
Por um instante ele se lembrou da primeira vez que doou sangue, isto há quase 20
anos. Foi a pedido de um antigo colega de escola cujo filho de apenas 7 anos
estava necessitando do líquido vital. Em seguida, tentou se lembrar da última vez
que tinha doado. Fazia tanto tempo que nem conseguiu se lembrar.
> Mas apesar desta ausência às doações José teve atitude, mudou o seu itinerário e
foi imediatamente ao Hemocentro Regional de Uberaba.
> Para a sua surpresa e pesar quase não havia fila, apenas duas pessoas na sua
frente. Isto significava que poucas pessoas estavam sensíveis à causa, ao menos
naquele momento do dia.
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> Os procedimentos costumeiros foram rápidos e contaram com a gentileza de todos os
atendentes. Até então tudo estava indo bem. Houve lanche prévio e higienização dos
braços até que José foi chamado para efetivar a doação.
> Aí tudo começou. Apesar do garrote preso ao braço, apesar da picada da agulha,
José se distraiu com a TV ligada. Ele não assistiu a nenhum programa mas viajou...
> Por alguns instantes ele enxergou a sua boa fase e a sua saúde. E também da sua
família. E agradeceu a Deus. E pediu por tantas pessoas que se encontravam
necessitando de tratamento e necessitando também de sangue. Mesmo após o término
dos procedimentos José ainda agradecia em tom de oração, inclusive pelos
funcionários do Hemocentro.
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> E ali, no lanche, ele se perguntava: por quê poucas pessoas mantém vivo e aceso
este comprometimento em ajudar, se quem mais ganha é quem doa, pois recebe exames
e uma enorme sensação de servir a um irmão, filho de Deus!
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> Fúlvio Ferreira
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Naquele dia José havia saído mais cedo do trabalho. Nada de errado havia, muito ao contrário, estava tudo bem e o dia tinha sido bem produtivo inobstante não ter tido correria. Uma raridade, em verdade.
E já no carro ele ouviu uma chamada que pedia doadores de sangue para uma Maria. Por um instante ele se lembrou da primeira vez que doou sangue, isto há quase 20 anos. Foi a pedido de um antigo colega de escola cujo filho de apenas ste anos estava necessitando do líquido vital. Em seguida, tentou se lembrar da última vez que tinha doado. Fazia tanto tempo que nem conseguiu se lembrar.
Mas apesar desta ausência às doações José teve atitude, mudou o seu itinerário e foi imediatamente ao Hemocentro Regional de Uberaba.
Para a sua surpresa e pesar quase não havia fila, apenas duas pessoas na sua frente. Isto significava que poucas pessoas estavam sensíveis à causa, ao menos naquele momento do dia.
Os procedimentos costumeiros foram rápidos e contaram com a gentileza de todos os atendentes. Até então tudo estava indo bem. Houve lanche prévio e higienização dos braços até que José foi chamado para efetivar a doação. Aí tudo começou. Apesar do garrote preso ao braço, apesar da picada da agulha, José se distraiu com a TV ligada. Ele não assistiu a nenhum programa mas viajou...
Por alguns instantes ele enxergou a sua boa fase e a sua saúde. E também da sua família. E agradeceu a Deus. E pediu por tantas pessoas que se encontravam necessitando de tratamento e necessitando também de sangue. Mesmo após o término dos procedimentos José ainda agradecia em tom de oração, inclusive pelos funcionários do Hemocentro.
E ali, no lanche, ele se perguntava: por quê poucas pessoas mantém vivo e aceso este comprometimento em ajudar, se quem mais ganha é quem doa, pois recebe exames e uma enorme sensação de servir a um irmão, filho de Deus!
Fúlvio Ferreira, Conselheiro da CDL Uberaba, em depoimento ao "Coluna Sete", da Rádio Sete Colinas, de Uberaba-MG, AM-1120.