O próximo domingo, dia 09 de janeiro, marca um dia memorável, o Dia do Fico.
Infelizmente as novas gerações pouco sabem deste episódio que ocorreu há 200 anos. Em verdade pouco lhes foi ensinado, parece que há, a alguns anos, um grande interesse em apagar a história do Brasil e em seu lugar escrever fatos, relatos e mimimis que estão vilipendiando as verdadeiras páginas vividas e escritas por homens e mulheres que nos antecederam nesta terra de Santa Cruz.
O final do Século XVIII e o início do Século XIX foram muito tumultuados, de modo particular na Europa. Napoleão Bonaparte, grande estrategista militar, tocava o terror e conquistava países e nações causando mortes e devastações. O Príncipe Regente de Portugal D. João, numa manobra histórica, juntou toda a corte, elite e tesouros e embarcou para o Brasil fugindo das tropas napoleônicas. E literalmente os deixou a ver navios.
O comboio chegou por aqui em 1808 e a partir de então a Colônia Brasil passou a ter um grande salto. Desde escolas, saneamento, indústria e comércio entre outros, em tudo houve evolução em detrimento de Portugal.
Porém, com a queda de Napoleão os portugueses passaram a exigir o retorno da Família Real, da elite e dos capitais. Diante de muita pressão Dom João VI, agora Rei de Portugal, Brasil e Algarves, em mais uma manobra política, voltou para a Europa.
Contudo deixou aqui o seu filho Pedro como Príncipe Regente.
Acontece que os portugueses e seus parlamentares queriam mais, queriam que Dom Pedro e sua família retornassem imediatamente.
Com o passar dos meses, a relação do Brasil com Portugal foi se desgastando. A corte de Lisboa despachou então um Decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal e que o Brasil voltasse à condição de colônia. O decreto vindo da Corte provocou grande desagrado popular. No dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas daqueles que defendiam sua permanência no Brasil.
Cedendo às pressões, o príncipe regente pronunciou a frase que marcou o “Dia do Fico”:
“Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".
Dom Pedro foi corajoso e ousado.
Foi arrojado e determinado.
Seguiu firme no seu propósito e lutou até o fim.
O preço pago foi alto mas valeu a pena.
Alias, como estão os seus planos e metas?
Você está vivendo como preconizou Zeca Pagodinho, deixa a vida me levar ou está focado naquilo que lhe move, está atento aos seus sonhos?
Pois então ajuste as velas, coloque o trem nos trilhos e diga para si mesmo: eu fico!
Eu fico com os meus sonhos, eu fico com as minhas metas
e com tudo aquilo que me faz bem!
Fulvio Ferreira - presidente do Conselho Superior da CDL Uberaba
Empresário, palestrante e treinador de equipes.
www.fulvioferreira.com.br