"Vamos aplaudir nossos 3 heróis!" Pedro Bial repetiu esta frase várias vezes durante o paredão na semana que passou no Big Brother.

Até gostaria mas não vou discorrer sobre a qualidade do programa e sobre o nível intelectual. Permitam-me pairar apenas sobre a afirmação do apresentador do programa: heróis.

Segundo os dicionários, "herói significa homem extraordinário pelas suas proezas, pelo seu valor ou magnanimidade".

E incrivelmente, como num passe de mágica, o apresentador colocou alguns participantes na seleta galeria de heróis. Como será este local, o birô dos heróis? Será dividido por idades? Ou pelos feitos realizados? Será que Tiradentes ficaria confortável perto de um Brother? Qual seria a reação de Alexander Fleming com a chegada destes novos integrantes?Abaixo da cátedra de cada um, o seu currículo. Estes aqui referidos, os Big Brothers, talvez teriam apenas fotos para exibir. Nada mais!

Via de regra, os participantes carregam uma grande bagagem estética que atende aos padrões atuais de beleza. Não se tem notícias de que os atuais competidores sejam donos de históricas proezas em favor da comunidade aonde vivem ou pela sua categoria profissional. Tampouco que eles tenham um valor incalculável , seja moral ou espiritual.

Em verdade, toda aclamação e ovação ao programa e seus participantes, comentários e milhões de telefonemas, vão de encontro às políticas de educação ou melhor, à falta delas, num país onde o professor é chamado de tio e o treinador de futebol é chamado de professor!

Fúlvio Ferreira, conselheiro da CDL Uberaba, em depoimento ao "Coluna Sete", da Rádio Sete Colinas, AM-1120, de Uberaba-MG

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