Em que pese a pandemia e o distanciamento social o fato é que todos estamos saindo e consumindo, circulando e comprando.

As medidas protetivas estão para todos os lados; encontramos álcool em gel em todos os estabelecimentos, barreiras físicas distanciando atendentes dos clientes, número reduzido de clientes dentro dos estabelecimentos respeitando uma legislação, uso obrigatório de máscara e por aí vai.

Os idosos, ou pessoas da melhor idade, em que pese estarem num dos chamados grupos de risco, continuam, ainda que de maneira mais comedida e em menor número, saindo de casa para resolver coisas de importância para eles, especialmente compras.

Precisamos aprender as boas práticas e uma delas, relacionadas aos idosos, se refere à literalmente copiar e absorver um pouco da cultura nipônica. Os japoneses são referência no quesito respeito ao idoso. Para eles, a experiência demostrada pela idade e pelos cabelos brancos (ou pela falta deles) é motivo de respeito extremo e reverência.

Aqui no Brasil precisamos muito aprender com os japoneses para darmos mais valor às pessoas que vieram antes de nós e que já viveram mais e que já se dedicaram as suas famílias, aos seus negócios e a sua comunidade; independente da situação sócio-econômica.

Nas empresas, no varejo como um todo, é essencial que todos, especialmente as pessoas que estão na linha de frente, isto é, que estão no atendimento tenham formação e treinamento para demonstrar, através de um atendimento especial, todo o respeito e carinho que as pessoas da melhor idade merecem. Os idosos enxergam menos,

ouvem menos, tem outra percepção geral das coisas e do espaço e, especialmente, tem mais tempo. Isso se traduz numa demora maior para escolher o que pode trazer perda de paciencia por parte do vendedor.

O idoso normalmente quer agradar todos os seus familiares e quer se lembrar deles enquanto compra, essa é uma das razões da sua insegurança e indecisão. Aí o vendedor que é bem treinado, bem formado e paciente terá plenas condições de atender esse público demonstrando que sabe entrar na sintonia especial do idoso através da paciência, da fala tranquila e bem didática para que, ao fim do atendimento, vendas sejam fechadas e relacionamentos sejam abertos.

Encerro dizendo que o idoso sabe ser grato e fiel na exata medida que é bem acolhido, bem tratado e atendido com respeito, carinho, atenção e paciência.

Essas virtudes fazem bem para todos os clientes; para mim, para você, para os meus pais e, inclusive, para os seus avós, afinal todos seremos idosos e todos nós temos algum amigo ou familiar que já está na melhor idade.

Fúlvio Ferreira - presidente do Conselho Superior da CDL Uberaba 

Empresário, palestrante e treinador de equipes.

www.fulvioferreira.com.br

Gostou? Compartilhe nas redes sociais.