De quando em quando, de tempos em tempos alguns equipamentos surgem e outros perecem. E estes fatos determinam a morte, o fim, o ocaso de alguns segmentos empresariais e de varejo.

Há cem anos as cidades eram repletas de fábricas e de oficinas de carroças; há 50 anos era comum encontrar escolas de datilografia, lojas e oficinas de manutenção em máquinas de escrever; há 30 anos as locadoras de fitas de vídeo se multiplicavam pelos bairros.

Ao longo da história são muitos os exemplos que ilustram chegadas e partidas. Se as fábricas de carroças se foram, chegaram as lojas de carros, de acessórios e as empresas de manutenção.

Se as máquinas de escrever se foram, chegaram os computadores e um gigantesco segmento que envolve acessórios, softwares e manutenção entre outros.

Se as locadoras desapareceram, surgiram maneiras diversas de acesso aos filmes, séries e entretenimentos diversos.

O psicólogo americano Spencer Jonhson, autor do livro _ e talvez da cultura _ "Quem mexeu no meu queijo?" alertou, lá em 1988 sobre a sobrevivência dos negócios e sobre a imperiosa necessidade de evolução, criatividade e adaptação. A pandemia de 2020 nos traz à tona essas lições que já tem mais de 20 anos; estão mexendo e roubando o nosso queijo.

A tecnologia em verdade demorou a ser aceita por muitos segmentos e por muitos profissionais. Os tempos foram avisando mas muitos continuaram em berço esplêndido, se mantiveram impávidos como se estivessem blindados, como se estivessem protegidos do novo, da inovação e da tecnologia.

O resultado está aí. Diversos ramos e segmentos empresariais estão sendo fagocitados por outros e pela tecnologia. Estamos assistindo a uma enxurrada de ofertas varejistas, através das redes sociais, por empresas que sequer possuem estoque e outras diretamente do fabricante. Não é a morte do varejo tradicional, claro que não, é a aurora de um novo horizonte. Um cenário diferente onde o carinho, o respeito e a tecnologia vão imperar; então pergunto: a sua empresa, o seu modelo de negócio está preparado para esta mudança?

Existe a real capacidade de adaptação ou a sua empresa, o seu ramo de atuação e o seu segmento será, em breve, apenas um relato histórico de algo que já existiu, que ficou para trás, que foi alimento da evolução dos tempos e da mudança de comportamento?

Ainda há tempo, mexa-se!

Fúlvio Ferreira - presidente do Conselho Superior da CDL Uberaba

Empresário, palestrante e treinador de equipes

www.fulvioferreira.com.br


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