Não tenha medo de dizer: "Eu não sei". Se você não sabe a resposta, não tente tergiversar, enrolar, empurrar com a barriga, dar uma resposta qualquer. Simplesmente, diga não sei. E tente aprender. Se você comete um erro, equivoca-se ou faz uma falta: assuma claramente a sua culpa. Analise bem o que aconteceu, qual foi o real problema, identifique as causas e as corrija. Aprenda com o erro. Experiência não é o que nos acontece, mas o que fazemos com o que nos acontece.

Se estiver errado, peça desculpas. Se você sempre diz a verdade, não há risco de se contradizer. Não terá que se lembrar do que disse para não cair em contradição. É muito mais simples dizer a verdade. Vai sempre ser coerente.

Não faça fofoca. Não a deixe prosperar. Se alguém deseja fazer alguma fofoca com você, algum comentário desairoso sobre alguém desvie-se educadamente do assunto, mas não o deixe prosperar. Mostre que não está interessado no que o fofoqueiro tem a dizer.

É quase uma verdade corporativa o senso que diz que quando alguém intriga, faz fofoca, dissemina a discórdia entre colegas, duas carreiras profissionais são afetadas - a vítima dos comentários maldosos e a que dá espaço à sua propagação no ambiente de trabalho. São como penas soltas ao vento do alto de uma montanha - por mais que se tente, jamais todas elas conseguirão ser recolhidas.

Nenhuma tarefa é inferior a você. Não seja arrogante ao pensar que está "acima da carne seca", que é superior ao que lhe querem atribuir, que existam tarefas incompatíveis com a dignidade da função que ocupa. Calce a sandália da humildade. Dê o bom exemplo e assuma tarefas que ninguém esteja disposta a fazê-las.

Não hesite: peça ajuda sempre que precisar. Antes que perca o controle da situação ou que o problema se torne ainda mais difícil de solução, peça ajuda a quem julgue possa lhe ajudar. A maioria das pessoas gosta de ajudar, sentem-se prestigiadas quando requeridas. Agindo assim, você não só se livra de um problema que o atrapalha, como, talvez, ainda possa ganhar mais um amigo, aliado ou parceiro. Caso você não simpatize com alguém, procure não deixar transparecer os seus sentimentos. Especialmente se você for superior hierárquico. Não derrube as pontes do entendimento nem queime os barcos de retorno ao continente. Sempre há possibilidades de se manter um mínimo denominador comum de entendimento, pontos de convergências e de conciliação entre pessoas. Tente ver sempre com empatia as pessoas com as quais não simpatize. Coloque-se no lugar delas e procure ver como elas o veriam se elas fossem você.

Wagner Siqueira é administrador e membro da Academia Brasileira de Ciências da Administração

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