Para você o que determina se uma empresa é bem sucedida é a sua capacidade de oferecer produtos e serviços de qualidade à um preço competitivo e ainda maximizar sua lucratividade com isso? Nada mais antiquado.

Hoje apenas isso já não basta, sendo necessário cada vez mais que pequenas, médias e grandes cumpram um papel social e ambientalmente responsáveis nos seus campos de atuação. Pois caso contrário sofrerão as conseqüências.

A despeito do fracasso das reuniões da COP-15 em Copenhague na Dinamarca, em que líderes de diversas nações se reuniram tentando fechar um acordo climático englobando o maior número de Estados possíveis, onde muitos queriam cobrar e poucos queriam ceder, caberá ao setor privado os passos mais decisivos na luta contra o aquecimento global.

Por pressão da ONG Greenpeace, as maiores redes supermercadistas que atuam no país (Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart) se viram obrigadas a vetar a carne vermelha oriunda de áreas devastadas da Amazônia, uma vez que a pecuária é comprovadamente o maior vetor do desmatamento que por sua vez é o grande responsável pelas emissões de gases do efeito estufa no Brasil. Tal tendência deverá ser brevemente seguida pelas cadeias menores. Os grandes frigoríficos (Bertin, JBSFriboi, Independência, Minerva e Marfrig ) terão que pressionar seus fornecedores recusando carne de áreas de desflorestamento ou proveniente de fazendas  que utilizem o trabalho escravo, se não quiserem ver as portas dos mercados interno e externo se fecharem para suas mercadorias.Pois o consumidor não aceitará ser cúmplice de tais crimes, mesmo que ele tenha que desembolsar um pouco mais pelo produto politicamente correto.

A Nike e inúmeras outras empresas ocidentais que enxergavam a China apenas como um celeiro infindável de mão de obra barata também se tornaram alvos de ONGS furiosas que lutam contra o trabalho degradante e infantil.

As que já enxergaram isso só têm a ganhar, como a Natura que realiza um trabalho de manejo sustentável na Amazônia beneficiando a população local e preservando a mata, suas ações são negociadas no ISE (Índice de Sustentabilidade Econômica) uma espécie de grupo de elite da Bovespa, onde as corporações participantes devem respeitar padrões éticos e cumprir metas sociais e ambientais. Os participantes do ISE tendem a ver seus papéis se valorizarem mais do que os outros.

E para os empresários fica o alerta. O consumidor do século XXI rejeitará de prontidão as empresas que ainda possuem a mentalidade presa ao século XIX.

FONTE: CDL BH

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