Aqueles que temos um pouco mais de idade lembramos muito bem das Cadernetas. Aqueles pequenos cadernos nos quais eram marcadas todas as compras feitas nos estabelecimentos comerciais, especialmente nas "vendas" e armazéns. Esta prática foi altamente usada no Brasil até início da Década de 1980. Por incrível que pareça a Caderneta foi estudada, testada e analisada. Especialmente pelos gurus empresariais americanos que chegaram a conclusão que a Caderneta era um grande fidelizador de consumidores. Seja pela proximidade do cliente, seja pela facilidade de comprar e pagar depois. Porém, o mais importante nesta relação da Caderneta é o conhecimento que era gerado. A Caderneta trazia a oportunidade de conhecer os gostos e hábitos dos clientes e seus familiares. Era muito comum quando o filho ia buscar alguma mercadoria "o homem do armazém falar: avise à sua mãe que chegou tal produto de que ela gosta." Hoje, por mais que nos esforcemos, não conseguimos chegar ao nível de excelência e fidelização que a relação pessoal permitia com o uso da Caderneta. Mesmo com modernas ferramentas de gestão empresarial. A Caderneta, pasmem, ainda é usada em diversos estabelecimentos Brasil afora em cidades de todo tamanho. Ela consegue fidelizar o cliente e o torna amigo. Porque todos queremos, além da mercadoria, atenção, carinho e respeito! Fúlvio Ferreira, presidente da CDL Uberaba, em depoimento ao "Coluna Sete", da Rádio Sete Colinas, AM-1120, de Uberaba-MG
A Caderneta
19/04/2011 13h20